Olá
caros leitores,
Você
concorda com a frase “O remédio é a cura de tudo”? Pois é... Eu não! É sobre
isso que iremos discutir na postagem de hoje. A necessidade, quase religiosa,
da pílula milagrosa que é a única resposta às doenças de quaisquer tipos. No
entanto, irei abordar, em especial, o distúrbio de déficit de
atenção/Hiperatividade. Boa leitura!
A crença, tanto por parte de
indivíduos leigos quanto por parte dos próprios psicólogos e psiquiatras, de
que o tratamento de distúrbios psicológicos a base de medicamentos é a mais
adequada está cada vez mais presente e intacta na mente da sociedade. É
justamente este o tópico tratado no texto “O
cérebro no século XXI: como entender, manipular e desenvolver a mente” de Rose, S.
Diante deste
contexto, é possível comparar tal situação à discussão da postagem anterior do
blog. Ultimamente, o desenvolvimento de pesquisas e estudos acerca das causas
de doenças psicológicas traz à tona possíveis explicações sobre a influência do
cérebro. Portanto, acredito que o aumento nas prescrições médicas de remédios
(antidepressivos e antipsicóticos) e seu consequente consumo têm aumentando, em
parte, por conta disso. Mas a questão é... Será que, de fato, essa é a melhor
solução?
Na
realidade, tenho uma visão um pouco restrita quanto a isso. Acredito que os
remédios podem, de fato, auxiliar no tratamento dos indivíduos. No entanto, o
problema reside no seguinte: Os diagnósticos de tais doenças estão
demasiadamente defasados, visto que, em muitos casos, são precipitados e sem
bases teóricas que possam, de fato, confirmá-lo. Ademais, as pílulas são vistas
como um mecanismo rápido e acessível e, portanto, são muitas vezes prescritos
mesmo quando não são estritamente necessários. Esse fenômeno pode ser muito
perigoso se for indevidamente utilizado, podendo causar dependência química, o
que piora o quadro do paciente, principalmente crianças.
E é nesse
mérito que as coisas podem se complicar. As crianças! Você acha normal receitar
antidepressivos para crianças menores de 10 anos?! Eu discordo plenamente!
Nestes casos, os diagnósticos dados a crianças são, por muitas vezes,
precipitados e errados. Tal erro Poe prejudicar a vida social e biológica seriamente. Vamos supor,
por exemplo, a questão do déficit
de atenção/Hiperatividade. Este é um distúrbio “comum”
atualmente, isto é, muitas crianças são diagnosticadas com ele. Esse é, de
fato, um dado preocupante, visto que, alguns comportamentos, distintos do
normal da criança, são logo vistos como um problema sério no cérebro que deve
ser, imediatamente, tratado com medicamentos. Um absurdo! Como discutido na
outra postagem, acredito que o cérebro tem sua participação, mas não é a causa
única, ainda mais se tratando de pequenos seres humanos. O ambiente no qual uma
criança é criada e no qual ela vive tem uma influência significativamente
importante, tanto que, de acordo com o texto, os casos relacionados a lesões
cerebrais são raros. A mente de uma criança associa e se apega aos diversos
contextos que a circundam, e por isso, deve-se aplicar o processo psicológico
que a ajudará a interpretar o que, de fato, está acontecendo com ela. Meu
pensamento segue as linhas de raciocínio de Rose, S, autora do texto. Segue um
trecho que expressa melhor essa ideia:
“...Isso levou os críticos a descreverem o ADHD não como um
distúrbio, mas como uma construção cultural, em uma sociedade que busca retirar
os problemas do social para colocá-los no indivíduo.” (ROSE, S, 2006)
É válido ressaltar que a prescrição de medicamentos, mesmo que desnecessários, é um importante instrumento de controle social.
Em resumo, acredito que deve haver maior precaução
no que se trata a saúde do ser humano. Estudar um caso em todo seu contexto e
estrutura é mais que necessário, a fim de que não sejam cometidos erros que
possam comprometer o indivíduo.
Diante
disso, qual a sua opinião sobre o alto consumo e o consequente vício em
medicamentos antidepressivos e/ou antipsicóticos? Pense em outra questão: E o
uso de tais medicamentos para benefícios próprios como o dopping no atletismo? Até
que ponto isso fere a ética e a moral? Deixe seu comentário.
Até
a próxima postagem!
Data da
postagem: 16/09/13
Referência:
Rose, S. (2006) O cérebro no século XXI: como entender, manipular e desenvolver a mente. São Paulo: editora Globo.


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