segunda-feira, 9 de setembro de 2013

Cérebro - O dono da razão?!


Olá caros leitores,
O assunto de hoje é: o cérebro! Exatamente, o cérebro. Irei fazer uma breve análise da influência dos aspectos cerebrais/biológicos no comportamento dos indivíduos e sobre possíveis distúrbios “provocados” por ele.
Seguindo o mesmo principio da postagem anterior, irei refletir acerca do cérebro como possível responsável por distúrbios psicológicos observados em indivíduos na sociedade. Será que, de fato, existe uma correlação entre essas duas variáveis? Além disso, qual o papel dos medicamentos produzidos por substâncias farmacêuticas nesse processo?
O texto “O cérebro no século XXI: como entender, manipular e desenvolver a mente” (Rose, S. 2006) aborda justamente esta questão (Vale a pena ler!). A priori, é interessante discorrer sobre a introdução da obra. No passado, os distúrbios e desnivelamentos nos padrões de comportamentos eram vistos, basicamente, como respostas a distorções em aspectos da crença do povo, isto é, eram algo completamente normal. A caracterização destes como doença é algo de data recente, já que inúmeros aspectos humanos considerados “anormais” são diagnosticados, cada vez mais, como passíveis de tratamento. Ah... o tratamento!
O texto nos apresenta, de forma objetiva, estudos e experimentos realizados acerca das funções cerebrais que demonstram aspectos curiosos sobre como regiões do cérebro estão interligadas com características psicológicas. Tomo por exemplo um método bastante utilizado na década de 60, a psicocirurgia, cujo pioneiro foi Egas Moniz, que se baseava na retirada completa do lobo frontal. Acreditava-se que tal procedimento tornava os pacientes, diagnosticados com algum tipo de distúrbio comportamental, mais calmos. Será que, de fato, isso é realmente possível? Será que um elemento do cérebro pode influenciar na maneira em que o indivíduo se comporta? Ou será que apenas os behavioristas estão “certos” quando dizem que o comportamento é influenciado por experiências pessoais e ambientes os quais estamos inseridos? E que de acordo com Rose, S.

“O behavirosimo se baseia em uma visão peculiarmente ingênua de como não apenas as pessoas, mas os animasie em geral se comportam, uma visão de organismos interiramente mecanicista, nascidos vazios de predisposições, faltando, para citar Watson, talentos e inclinações.” (Rose, S. 2006)


Na realidade, este é um tema que causa certa confusão. De fato, acredito que toda a questão cerebral tem fundamento, afinal existem experiências e estudos que comprovam isto. No entanto, não defendo a possibilidade de ser um caso isolado, nem o cérebro, nem as questões psicossociais. Em minha opinião, existe certa correlação entre esses dois fatores, de modo que as questões biológicas (Cérebro, substâncias farmacológicas, funções) provocam reações físicas que associadas aos aspectos psicológicos, sociais, éticos e pessoais (então formados pelos indivíduos), determinam o comportamento que será demonstrado na sociedade. Defendo, pois, a credibilidade dos antecedentes psicossociais no quesito explicação da constituição de determinado comportamento. Acredito que, apenas com base nesse conteúdo, é possível descrever a causa central e fundamental deste comportamento, isto é, o que impulsiona o indivíduo de agir de determinada maneira.
Deixo-lhes de reflexão a seguinte questão: Você acha que o cérebro é, de fato, tão poderoso a ponto de dominar por completo as atitudes de um indivíduo? E até que ponto isso deve ser estudado?

Postagem: 09/09/13

Referência: Rose, S. (2006) O cérebro no século XXI: como entender, manipular e desenvolver a mente. São Paulo: editora Globo.

Até a próxima postagem!


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