Olá caros leitores,
O assunto de hoje é: o cérebro! Exatamente, o
cérebro. Irei fazer uma breve análise da influência dos aspectos
cerebrais/biológicos no comportamento dos indivíduos e sobre possíveis
distúrbios “provocados” por ele.
Seguindo o mesmo principio da postagem
anterior, irei refletir acerca do cérebro como possível responsável por
distúrbios psicológicos observados em indivíduos na sociedade. Será que, de
fato, existe uma correlação entre essas duas variáveis? Além disso, qual o
papel dos medicamentos produzidos por substâncias farmacêuticas nesse processo?
O texto “O
cérebro no século XXI: como entender, manipular e desenvolver a mente” (Rose, S. 2006) aborda justamente esta questão (Vale a pena ler!). A
priori, é interessante discorrer sobre a introdução da obra. No passado, os distúrbios
e desnivelamentos nos padrões de comportamentos eram vistos, basicamente, como
respostas a distorções em aspectos da crença do povo, isto é, eram algo
completamente normal. A caracterização destes como doença é algo de data recente,
já que inúmeros aspectos humanos considerados “anormais” são diagnosticados,
cada vez mais, como passíveis de tratamento. Ah... o tratamento!
O texto nos apresenta, de
forma objetiva, estudos e experimentos realizados acerca das funções cerebrais
que demonstram aspectos curiosos sobre como regiões do cérebro estão
interligadas com características psicológicas. Tomo por exemplo um método
bastante utilizado na década de 60, a psicocirurgia, cujo pioneiro foi Egas
Moniz, que se baseava na retirada completa do lobo frontal. Acreditava-se que
tal procedimento tornava os pacientes, diagnosticados com algum tipo de distúrbio
comportamental, mais calmos. Será que, de fato, isso é realmente possível? Será
que um elemento do cérebro pode influenciar na maneira em que o indivíduo se
comporta? Ou será que apenas os behavioristas estão “certos” quando dizem que o
comportamento é influenciado por experiências pessoais e ambientes os quais
estamos inseridos? E que de acordo com Rose, S.
“O behavirosimo se baseia em uma visão peculiarmente
ingênua de como não apenas as pessoas, mas os animasie em geral se comportam,
uma visão de organismos interiramente mecanicista, nascidos vazios de
predisposições, faltando, para citar Watson, talentos e inclinações.” (Rose, S. 2006)
Na realidade, este é um tema
que causa certa confusão. De fato, acredito que toda a questão cerebral tem
fundamento, afinal existem experiências e estudos que comprovam isto. No
entanto, não defendo a possibilidade de ser um caso isolado, nem o cérebro, nem
as questões psicossociais. Em minha opinião, existe certa correlação entre esses
dois fatores, de modo que as questões biológicas (Cérebro, substâncias
farmacológicas, funções) provocam reações físicas que associadas aos aspectos psicológicos,
sociais, éticos e pessoais (então formados pelos indivíduos), determinam o
comportamento que será demonstrado na sociedade. Defendo, pois, a credibilidade
dos antecedentes psicossociais no quesito explicação da constituição de
determinado comportamento. Acredito que, apenas com base nesse conteúdo, é
possível descrever a causa central e fundamental deste comportamento, isto é, o
que impulsiona o indivíduo de agir de determinada maneira.
Deixo-lhes de reflexão a
seguinte questão: Você acha que o cérebro é, de fato, tão poderoso a ponto de
dominar por completo as atitudes de um indivíduo? E até que ponto isso deve ser
estudado?
Postagem: 09/09/13
Referência: Rose, S. (2006) O cérebro no século XXI: como entender, manipular e
desenvolver a mente. São Paulo: editora Globo.
Até a próxima postagem!


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