sábado, 30 de novembro de 2013

Afinal, Freud explica!



Olá caros leitores,
A postagem de hoje irá tratar sobre um assunto um tanto quanto diferente dos que já vem sendo discutido no blog. Quais são os limites para se alcançar a felicidade? E de que forma a religião e a cultura interferem no alcance e na estabilidade de nossa própria felicidade?
                                           
Discute-se no texto “O mal estar na cultura” inúmeros valores referentes à felicidade humana. Em um primeiro momento, Freud debate sobre como a religião afeta os aspectos intrínsecos aos indivíduos. A religião, para ele, é responsável por esclarecer enigmas e por auxiliar em diversos aspectos da vida. Vida esta que é árdua e provoca inúmeras decepções. E a partir disso, o autor coloca em pauta a questão da finalidade da vida humana, sendo esta apenas decifrada a partir da religião até então discutida. Relacionado a isso, Freud associa a finalidade da vida humana com o princípio do prazer. E é a partir de tal ponto que se inicia o tema aqui proposto.
 Para Freud, o prazer é um estado inalcançável, visto que existem vários empecilhos, como: sofrimento a partir do próprio corpo, a partir do mundo externo e a partir das relações com outros seres humanos. Dessa forma, os seres humanos tendem a se autoprotegerem de tais ameaças se distanciando dos outros ao redor, isto é, praticando a quietude. Mas, ao ver de Freud, a melhor forma de se proteger seria influenciando o próprio organismo, visto que este é o que mais sente o sofrimento. Outro modo seria o método químico, a intoxicação. O que você acha sobre isso? Discutiremos mais a frente. Ademais, para Freud, a beleza é um fator decisivo na felicidade dos indivíduos, mas porque esta é proveniente das qualidades do objeto sexual.
Um ponto interessante trazido pelo autor é que o princípio do prazer, isto é, a felicidade aproxima-se de um ideal utópico, irrealizável. No entanto, não se deve deixar de almejá-la e tentar alcançá-la.
No que diz respeito à cultura, Freud é claro em dizer que esta pode ser um fator negativo na jornada em se alcançar a felicidade, visto que ela é muitas vezes responsável por influenciar a sociedade a causar frustração em nos indivíduos através de praxes e estereótipos pré-estabelecidos.
Com base no que defendeu Freud, concordo que a melhor forma de nos protegermos de ameaças externas provenientes das relações com outros indivíduos é a partir do “tratamento” de nosso próprio organismo psicológico. Afinal, aspectos psicossociais são os principais responsáveis pela sensação do sofrimento sentido pelo indivíduo. Particularmente, não concordo com o método químico proposto por Freud. Acredito que substâncias químicas não influenciam no sentimento real de prazer, mas sim uma falsa sensação de bem-estar que se mostra momentânea. O motivo pelo qual muitos são adeptos a este é que o processo de consumo afeta não só o corpo falsamente, mas também a mente, uma vez que provoca a sensação de independência e superação. Portanto, continuo dando crédito ao aparelho psíquico, visto que somos responsáveis por satisfazer os impulsos que nos levam à felicidade. Dessa forma, acredito que a religião tem um papel importante, já que é responsável por nos guiar diante de tais conflitos e, portanto, interfere em nossos processos psíquicos interiores. Portanto, cabe a cada um de nós descobrirmos como alcançar a felicidade.
A partir disso, questiono-o: Você acredita que a religião pode atuar como auxiliadora no entendimento da vida e na busca pela felicidade? Além disso, nós, seres humanos, temos a capacidade cognitiva e emocional de alcançar o prazer por conta própria sem a interferência da religião, cultura ou amor? E será que ela é eterna?
Toda decisão extrema implica a punição de expor o indivíduo a perigos que a insuficiência da técnica de vida escolhida com exclusividade traz consigo. Do mesmo modo que o comerciante cauteloso evitar investir todo o seu capital num só lugar, assim talvez a sabedoria de vida também aconselhe a não esperar toda satisfação de uma só aspiração. (Freud)
Até a próxima postagem!

Data de postagem: 30/11/13

Referência: Freud, S (2010) o mal estar na cultura. Porto Alegre:L&PM

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